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HOMOSSEXUALISMO PARTE 2

Por Peter Goeman
Professor de Hebraico e Antigo Testamento (Shepherds Theological Seminary)
Publicado no dia 13 de setembro de 2019

SE O HOMOSSEXUALISMO NÃO PREJUDICA NINGUÉM,
ENTÃO POR QUE É ERRADO?

Por que a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo está errada se não prejudica ninguém?” Essa é uma objeção comum levantada contra a perspectiva bíblica de que relação homossexual é pecado. Geralmente, o argumento é colocado da seguinte maneira: “Se dois adultos desejam, consensualmente, se envolver num relacionamento homossexual e se não há dano, por que privá-los dessa liberdade?” A implicação lógica desse argumento é esta: se determinada prática não prejudica ninguém, então ela é boa (ou pelo menos permissível).

Gostaria de desatacar rapidamente dois motivos por que esse argumento a favor da prática homossexual está equivocado.

1. Primeiro, a questão do dano é diferente da questão da moralidade.

O que determina se uma prática é legítima ou ilegítima não é o fato de prejudicar ou não outras pessoas. Podemos chegar a essa conclusão simplesmente a partir da perspectiva da lógica. Por exemplo, se uma esposa trai o marido e o marido nunca descobre a traição (portanto jamais sendo prejudicado por ela), ainda assim a esposa participa de uma prática errada—o adultério. Ou ainda, suponha que uma criança minta sem prejudicar ninguém; nem por isso a mentira se torna válida. O dano, portanto, é um padrão inapropriado por meio do qual avaliar moralidade. O único padrão definitivo de moralidade é Deus e sua Palavra escrita.

Se cairmos na cilada de definir moralidade com base em dano, então o que proibiria outras práticas como incesto, pedofilia ou bestialidade? Nesse caso, desde que realizadas com mútuo consentimento, elas se tornariam válidas. Fica evidente que o dano não pode servir como padrão de moralidade; em lugar algum as Escrituras apoiam esse padrão. Argumentar a favor do homossexualismo dessa forma é ingenuidade lógica.

2. Segundo, simplesmente porque algo parece não prejudicar não significa que não prejudica.

Essa asseveração pode ser comprovada de diversas maneiras. A partir de uma cosmovisão bíblica, entendemos que, quando uma criatura desobedece ao Criador e segue seu próprio caminho, ela pagará um preço alto por sua rebelião. No ponto anterior, apesar de a esposa ter escapado ilesa depois de ter traído seu marido, mesmo assim ela violou o padrão de Deus para o casamento. Embora pareça não haver nenhum malefício visível imediato, haverá julgamento divino para aquele pecado específico, quer nesta vida, na próxima ou em ambas. O julgamento de Deus, sem dúvidas, se enquadra dentro da definição de “dano” ou “prejuízo”. Ou seja, mesmo que não exista dano visível no contexto imediato, sabemos que o julgamento efetuado por Deus trará enorme dano futuro.

Além disso, frequentemente pode-se notar dano, embora que de forma camuflada. Por exemplo, a criança que mentiu e escapou sem consequências se prejudica de diversas maneiras. Uma das principais perdas que sofre é o estabelecimento do hábito da mentira, o que, no fim, adiciona problemas à sua vida. Uma das maiores consequências é a perda de confiança e, assim, da possibilidade de desfrutar de relacionamentos autênticos e prazerosos.

No caso da relação homossexual, sem dúvidas os envolvidos geralmente se prejudicam no âmbito físico (por exemplo, aids). Acima de tudo, porém, eles se engajam em relacionamentos contrários à natureza que, por fim, lhes prejudicam do ponto de vista do desenvolvimento humano. Uma vez que Deus projetou que suas criaturas desfrutem de certos tipos de relacionamentos, quando os seres humanos corrompem tais relacionamentos eles se tornam incapazes de desfrutar do projeto de Deus. Desta feita, eles se prejudicam. Pelo fato de o relacionamento sexual entre pessoas do mesmo sexo ser contrário ao plano de Deus, ele é inerentemente danoso.

Em suma, apesar de muitos argumentarem a favor do relacionamento homossexual com base no fato de aparentemente não prejudicar ninguém (por exemplo, “Deixe aqueles dois fazerem o que quiserem… são adultos!”), a verdade é que esse argumento é incapaz de sustentar a legitimidade da prática. Ele é falacioso.

 
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