Publicado em 1 de março de 2020
Devocionais Sabedoria
Vaga Número 23
19Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; 20mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam.
(Mateus 6.19–20)
Numa viagem que fiz recentemente à Inglaterra, visitei alguns dos túmulos mais ilustres do mundo: aqueles da Abadia de Westminster. Enquanto caminhava pelos corredores famosos, as pedras de mármore sob meus pés e as tumbas de pedra em ambos os lados estavam marcadas com nomes de conquistadores, reis, rainhas e celebridades dos séculos passados. Parei diante de memoriais bem ornamentados de nobres e chefes de Estado que, apesar de terem sido antagonistas ao evangelho, certificaram-se de que seriam sepultados o mais próximo possível do altar, só no caso de o Cristianismo, no fim, acabar sendo a verdade! Que tremenda ironia foi andar até o túmulo de Charles Darwin. O homem cuja teoria das origens distanciou nações do Deus Criador foi sepultado dentro de uma igreja. Que incoerência!
Em minhas viagens pelo Reino Unido, visitei um local do qual jamais me esquecerei. Ele não fica nos corredores ilustres da Abadia de Westminster, mas no estacionamento atrás da Catedral de St. Giles. Debaixo do asfalto daquele estacionamento, sem qualquer nome ou lápide e demarcado por uma faixa amarela pintada no chão, estão os ossos de John Knox. Knox foi o pastor corajoso que comandou a Reforma na Escócia durante os dias cruéis e tumultuosos de Maria, Rainha da Escócia. Por causa do ministério destemido desse servo de Deus, milhares de pessoas professaram a fé em Jesus Cristo e a Escócia continuou comprometida com as verdades das Escrituras.
Se houve um homem daquela região merecedor de um sepultamento bem ornamentado, esse homem foi John Knox. Mas, ao invés disso, até hoje não existe nenhuma tumba de mármore, nenhum monumento atraente, nenhuma estátua de um homem de braços cruzados, nem sequer uma pedra de mármore no lugar onde foi enterrado. A única coisa ali é uma faixa de tinta amarela ao lado da vaga número 23; essa é a única coisa que existe em memória à vida fiel e maravilhosa de John Knox. Ele está, simplesmente, enterrado debaixo da vaga número 23. Enquanto o túmulo de Darwin é visto por milhares de turistas todos os anos, o local de descanso terreno desse discípulo fiel é dificilmente notado.
Será que John Knox se importa com isso? Duvido! Neste exato momento, ele desfruta do prazer da presença de Cristo.
Uma coisa é ouvir “Muito bem!” de milhares de espectadores que viajam de todas as partes do mundo para visitar seu túmulo; é outra coisa completamente diferente ouvir “Muito bem, servo bom e fiel!” do único Espectador que realmente importa no fim—seu Salvador, Redentor e Senhor, Jesus Cristo.
John Knox acumulou tesouros no céu. Embora consumido por um momento, seu corpo um dia será restaurado à perfeição. Então, ele não só desfrutará da presença do seu Salvador, mas o glorificará com os tesouros eternos que acumulou por meio de uma vida de serviço fiel a Deus.
Onde está o seu tesouro?