Publicado em 4 de novembro de 2019
Devocionais Sabedoria
Você Está Falando Sério?!
10Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? 11Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem. 12A partir deste momento, Pilatos procurava soltá-lo, mas os judeus clamavam: Se soltas a este, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!
(João 19.10–12)
Várias décadas antes de João escrever seu Evangelho, um líder chamado Teudas se apresentou como o tão esperado conquistador judeu. Quatrocentos homens armados se uniram a ele na esperança de derrotar Roma. O bando fracassou terrivelmente. Não muito tempo depois, outro indivíduo chamado Judas da Galileia também alegou ser o Messias. Muitos judeus, tomados de esperança, marcharam ao seu lado também, mais uma vez com o sonho de que Roma se renderia aos seus pés. Não é nenhuma surpresa saber que essa pequena guerrilha fracassou e Judas também foi condenado.
Quando avançamos a fita para os dias de João, Pilatos se encontra governando a Judeia, servindo de intermediário entre Roma e as províncias judaicas. Sua missão é abafar essas insurreições antes que se transformem em movimentos mais devastadores. Então, aqui em João 19, Pilatos se vê diante de Jesus com peito inchado, proferindo as mesmas ameaças que provavelmente já proferiu dezenas de vezes. Contudo, esta é a primeira vez em sua vida que ele é exposto como uma fraude. Jesus vê além de sua túnica romana, seu anel de governante, seus guardas e seu olhar orgulhoso e lhe fornece um vislumbre de como é a verdadeira autoridade.
Gosto muito de imaginar essa cena; é uma das minhas prediletas nos Evangelhos. Pilatos não zomba mais, nem faz mais ameaças ou mantém a fachada. Imediatamente, ele tenta soltar Jesus. Ele já viu muitos supostos “reis” aparecendo nos corredores de seu palácio, mas este rei é diferente dos demais. Este rei está falando sério.
Jamais me esquecerei de uma conversa que meu filho teve com um de seus professores na universidade onde estudou no País de Gales. Na época, ele fazia seu curso de mestrado em História Antiga e foi convidado a participar de um jantar cujo anfitrião era um professor alemão de teologia. Meu filho se sentou do outro lado da mesa diretamente em frente ao professor e outro aluno de mestrado; os dois falavam sobre como Paulo havia modificado o Cristianismo e mentido sobre Jesus. Um tanto confuso com o que ouvia, meu filho falou para o professor sobre a natureza da conversão de Paulo e como isso era consistente com sua mensagem do evangelho. Infelizmente, quando meu filho terminou de falar, o professor respondeu: “Jesus foi apenas mais um dos muitos rebeldes da época. Havia muitos supostos ‘messias’. Não o leve tão a sério assim!”
E esta é a mantra de nossa era, não é verdade? “Não leve Jesus tão a sério assim!” Amaldiçoe seu nome em filmes e programas de televisão; transforme seu nome em motivo de piada; zombe-o em camisetas e adesivos de carro. Faça qualquer coisa com Jesus, só não o leve a sério.
Minha oração é que você está lendo este devocional porque leva Jesus a sério. No entanto, qual é o seu nível de compromisso no discipulado? Que tipo de zelo tem em obedecer aos mandamentos de Cristo como seu Rei e Senhor?
O nome “cristão” é tanto um presente como uma responsabilidade, e devemos buscar deliberadamente representar Cristo ao mundo que atentamente nos observa. Afinal, eles não levarão Cristo a sério até que nós, seus discípulos, o levemos a sério.
Você leva Jesus a sério?