Tornando-se a Exceção

Crentes do passado sabiam o significado de temer a Deus. Homens como John Huss e John Wycliffe voluntariamente encararam a morte porque recusaram renunciar a fé. Eles conheciam bem o alerta de Cristo Jesus de que, se o negassem diante dos homens, ele os negaria diante do Pai.

Também podemos citar indivíduos como Jim Elliot e Nate Saint. Esses dois missionários recusaram usar suas armas contra índios violentos que os atacavam, crendo que morrer para Cristo era muito mais importante do que matar descrentes que jamais teriam outra chance de salvação. Esse tipo de reverência a Deus e ao evangelho é raro hoje em dia.

A igreja de hoje tem perdido seu testemunho; ela não vive mais conforme sua profissão de fé. O escritor Warren Wiersbe afirmou palavras duras e precisas quando escreveu:

Por dezenove séculos, a igreja declarou que o mundo deveria reconhecer e confessar seus pecados. Hoje, no despertar do século vinte, o mundo declara que a igreja precisa encarar seus pecados e começar a viver o que prega.

Essa triste realidade permanece verdadeira no século vinte e um. Por centenas de anos, homens perseveraram firme no evangelho, apesar de perseguidos, zombados e, às vezes, assassinados. Mas uma mudança ocorreu. Agora, além de buscarem evitar perseguição e dificuldade, os crentes questionam Deus quando passam por elas. Suas vidas estão repletas de pecados; eles se escondem debaixo do manto da religião ao invés de viverem seu testemunho na prática.

Parte do problema está enraizado em nossa vergonhosa perspectiva inferior de Deus. Quando ouvimos a verdade da Palavra de Deus, somos convencidos, porém não transformados; somos confrontados, porém não convertidos. Naturalmente, uma perspectiva inferior de Deus gera uma perspectiva inferior de sua Palavra.

Em nossos dias, a Bíblia é não somente questionada e debatida, mas é também desobedecida. Por quê? O temor do Senhor não está mais diante de nossos olhos. Cristo se tornou uma espécie de mero acréscimo posterior à nossa vida ao invés de um fator em torno do qual nossa vida inteira revolve.

Na esfera pública, reverência pelas coisas de Deus ocupa posição secundária. Os que confessam o nome de Cristo e ao mesmo tempo dançam conforme a música da sociedade ao seu redor mergulham suas vidas em um turbilhão de pluralismo religioso, inclusivismo e universalismo. Eles espiralam rapidamente, distanciando-se cada vez mais de uma vida diferente e pura. Essa turma se tornou a regra. Cabe a você se tornar a exceção.

Você nada segundo a correnteza daqueles ao seu redor
ou tem coragem de se juntar à minoria dos fiéis?