Publicado em 17 de novembro de 2019
Devocionais Sabedoria
Tu, porém, Senhor!
11Como a sombra que declina, assim os meus dias, e eu me vou secando como a relva. 12Tu, porém, SENHOR, permaneces para sempre, e a memória do teu nome, de geração em geração
(Salmo 102.11–12)
O que estes homens—Owen Young, James Byrnes, Pierre Laval, Harlow Curtis e Hugh Johnson—tiveram em comum no auge de suas carreiras nas décadas de 1930, 40 e 50?
Muito provavelmente, você nunca ouviu falar de nenhum desses nomes. Com certeza, não faz ideia do que eles fizeram ou como ficaram famosos. Entretanto, cada um deles foi famoso na sua época; na verdade, cada um foi considerado “o homem do ano” e os cinco foram vistos como indivíduos que tiveram a maior influência sobre a humanidade num dado ano.
Pensar que somos realmente especiais faz parte de nossa natureza. É por isso que o mundo das celebridades tem tamanho sucesso. Temos o desejo de ser grandiosos em alguma coisa e ficamos até animados em ouvir notícias das vidas dos famosos—e nos deleitamos em sua fama.
Pense na audiência anual de eventos esportivos como finais de campeonatos sul-americanos ou europeus, especialmente de futebol. Adicione a isso a audiência de programas de televisão como Master Chef e reality shows. O público acompanha de perto ansiosamente para ver quem será o vencedor.
Além desses eventos, é claro, existe a famosa premiação do Oscar. Por que milhões de pessoas ao redor do mundo gostam tanto disso? Não é como se os candidatos fossem realmente os personagens que incorporaram; eles simplesmente foram muito bons na arte do fingimento. Talvez seja este o motivo por que os achamos tão interessantes—nós queremos ser bons em fingimento também.
Os salmistas não eram iludidos quanto àquilo que realmente somos. O livro dos Salmos está repleto de versos sobre a natureza do homem. Aqui no Salmo 102, os dias de nossa vida são comparados ao capim que seca e contrastados com o Senhor. Ele é grande e seu nome vive por todas as gerações, ou seja, ele permanece o mesmo; seus anos não terão fim.
Por que insistimos em bombardear a humanidade com glória e adulação quando temos o Senhor do universo diante de nós? Nossa atenção e adoração não deveriam focar na tolice do ser humano, mas na grandeza de Deus. O escritor J.I. Packer falou justamente disso quando escreveu:
“Os instintos de confiança e adoração do crente são estimulados poderosamente pelo conhecimento da grandeza de Deus. No entanto, esse é um tipo de conhecimento que a maioria dos crentes não possui hoje; esse é um dos motivos por que nossa fé é tão frágil e nossa adoração lânguida. Somos homens modernos e homens modernos—embora nutram pensamentos tão grandiosos sobre o homem—possuem, em geral, um pensamento medíocre de Deus.”
Portanto, vamos ser realistas quanto a nós mesmos e a humanidade como um todo: reconheça que, debaixo da fachada que o mundo vê, somos todos pecadores por natureza, merecedores de nenhum louvor de outros indivíduos. Será que devemos, de fato, nos importar com as idas e vindas, bem como todos os outros detalhes, de celebridades, famosos e ídolos? Não!
Foque no alvo que realmente importa e diga com o salmista: “Tu, porém, Senhor”!