Publicado em 19 de agosto de 2019
Devocionais Sabedoria
ESTÁ NO MEU DNA!
13Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. 14Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz
(Tiago 1.13–14)
Um grupo de pesquisadores suecos surpreendeu a comunidade científica quando publicou sua conclusão de que a imoralidade sexual é influenciada pela genética. Segundo o relatório, eles isolaram o gene que acreditam influenciar um homem a trair sua esposa. O gene recebeu o apelido de “gene do pecado” e se tornou uma suposta prova de que as pessoas pendem para o pecado debilitadamente. Um dos pesquisadores afirmou: “Os achados esclarecem o fato de que todos os nossos comportamentos são influenciados pela natureza”.
Com isso, ele quis dizer que qualquer noção de comportamento pecaminoso deve ser descartada a favor do entendimento do processo evolucionário. O pecado não é culpa nossa, de fato—somos incapazes de agir diferente. Ele simplesmente faz parte de nossa estrutura genética. Dessa forma, um criminoso pode alegar (e muitos alegam) que cometeu determinado crime por causa do bairro onde cresceu, ou porque sua família era desestruturada, ou por falta de educação, por causa da mídia, injustiça social, etc. No fim, as penitenciárias não estão cheias de vilões, mas de vítimas!
Crentes podem cair nessa brincadeira também. Assim como nossos primeiros pais Adão e Eva, é fácil apontar o dedo e culpar outros. O que é pior, muitas vezes apontamos o dedo para Deus.
Quantas vezes não racionalizamos o pecado? Com frequência, pensamos: “É, Deus… se o Senhor tivesse me dado um emprego melhor, eu não seria avarento; se tivesse intervindo logo, eu não teria ficado furioso; se o Senhor tivesse alterado minha herança biológica (ou meu ambiente, minha educação, meu salário, minha geografia, minha universidade), eu não me encontraria neste problema agora. Eu seria uma pessoa melhor!
Tiago nos lembra de que nossa natureza brinca do jogo da culpa. Somos, realmente, tendenciosos a culpar outra pessoa pelo nosso pecado. Num momento, bendizemos a Deus por sua bondade e, logo em seguida, o culpamos por nosso pecado.
Sejamos honestos: seremos tentamos em algum momento nas próximas vinte e quatro horas. Seremos confrontados com milhares de propagandas em outdoors, revistas, jornais, rádio, televisão, internet, família, amigos, colegas de trabalho e vizinhos. Em algum ponto, seremos tentados a querer o que oferecem. É por isso que Tiago não diz: “Se vocês forem tentados, aqui está o que devem fazer”, mas: “Quando forem tentados—porque todo crente é tentado—, aqui está o que fazer para passar no teste”.
Passar na prova da tentação nada tem a ver com perfeição, mas com confissão. Então, rejeite o pecado e, quando cair, arrependa-se, confesse e continue prosseguindo adiante.
Maturidade espiritual não é medida pela quantidade de vezes que pecamos, mas pela rapidez com que nos arrependemos. Ela tem a ver com recusar brincar de vítima e parar, de uma vez por todas, com a prática de apontar o dedo para alguém.
Maturidade espiritual não é medida pela quantidade de vezes que pecamos, mas pela rapidez com que nos arrependemos.